7.1.19
Mas puseram-te numa praia de onde os barcos saíam para perderem-se.
Ciprestes ao vento:
Por vielas de pedra,
Entre anjos trincados,
Cruzeiros cinzentos
E céu empoeirado,
Te imagino deitada
Leve, carregada,
No cortejo, em silêncio
Que só é quebrado
Por pranto e soluço,
Engasgado ou rasgado,
Talvez pelos ruídos
Vindos da avenida
Pelos muros baixos
Da tua morada
Agora definitiva;
Quase vejo o chão
Do simplório jazigo
Onde repousarás
Para a despedida,
Descanso que não vi,
Onde tu já não hás;
Com orvalho nas flores
Que ora te ornam,
Poeiras nos lábios,
Pra sempre calados,
E estrelas mortas
Nos olhos vazios.
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