Na clara noite e na escura manhã
Nos teus escarros de espesso mel
E nos meus beijos de acre romã
Eu sou culpado, inocente e réu
Por desvelar o mais espesso véu
Morder o fruto que não é maçã
Lançar blasfêmias ao Sétimo Céu
– Contra os deuses, a luta mais vã.
Porém insisto na profanação
Que faz pulsar meu negro coração
E na loucura de amargo sabor
[Corpo encharcado com esse pavor]
[Ossos trincados no puro estertor]
Enquanto a vida desaba sem cor
E o amor repousa num caixão
– Que o Demônio ouça esta oração.
Um comentário:
lendo o seu blog percebo esse boom de inspiração.
parabéns.
Postar um comentário