15.2.11

Afora isso ia indo, atravessando, seguindo, nem chorando, nem sorrindo.

Tudo está escrito, em páginas viradas
Em tardes suadas, tão ensolaradas
De moscas e moças pr’a lá e pr’a cá

É todo um infinito de gente alheia
Gente sem sangue correndo na veia
Perdida em volta de tudo que não há

Ando a mil milhas d’onde não vim
Vejo que não há início nem fim
Não existe a trilha, só o caminhar

Em ruas solitárias do meu cansaço
Nuvens de chuva banham o espaço
Estrelas brilham no fundo do mar.

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