28.7.18

E, no cansaço, deitaremos imensos, na planície vazia de memórias.


Intermitências: sem fim,
Começo, ou meio,
Por veredas insuspeitas
De vingança e remissão,
Na noite densa, absurda,
Em pálido abandono,
Desmancha sobre o orbe
A decadência sutil
Das despedidas de julho
[Frio, extenso, escuro, intenso],
Asas de anjos infernais,
Avesso da tua presença:
Sob o céu de nuvens sujas
Contra o chão de passos falhos,
Em silêncio, em devoção,
Almas quaram no varal,
Ao pó de um velho universo
– Rútilas flores de abismo.

Um comentário:

Ale Danyluk disse...

O mundo continua denso... as pessoas vazias,
mas aqui ê tudo diferente, seus pensamentos e verdades transcendem...