10.5.16
Ils reviendront, ces Dieux que tu pleures toujours!
[Versos feitos dentro dos 9min29s de Immutable Dusk, do Pelican.]
Cada noite sozinho é um suspiro
De alívio, de fome
De não querer viver.
Cada chance de falsa mudança
É só mais um sobrenome
Da decepção.
Cada angústia que arde no peito
É um sinal dos tempos,
É um entardecer.
A esperança é uma ponte partida
Tombada pro lado
De lugar nenhum.
São os erros,
As destemperanças,
De quem não se pode
Sequer desprezar.
Cada escolha é uma folha rasgada,
Em branco, amassada
De sim e de não.
Cada lado escolhido é um fado,
É um falso caminho
E um ponto final.
Cada beijo é um pranto escondido,
Para si, nos profundos
Desvãos do viver.
O destino é a vida caindo,
Curvando o espaço,
Tempo que não há.
São as moscas
Revoando em um halo
Sobre o cadáver
De Nosso Senhor.
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