No cenho corre o suor,
Simbolizando a ansiedade,
Aquela angústia, na verdade,
De quem espera o pior.
Pois navegando os oceanos
De tanto asfalto e concreto
Inevitável, quase certo,
Era ceder aos desenganos.
Adiantou se esconder,
Se desculpar por cometer
Os mesmos erros, amiúde,
E tropeçar na finitude?
Claro que não; mortalidade
É o extrato, na verdade.
Impermanência: fim da festa
Das vaidades – nada resta.
Pois não importa o seu desejo
E não importa a sua fé
Você será o que já é:
Desventurado e malfazejo.
Vai pelos campos infernais
Nas tardes quentes de verão
Colher jasmins do nunca mais
E sepultar o coração.
11.3.14
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