Ansioso,
você diz;
Mas qual é a tua ânsia,
A angústia no teu seio
Que te priva dos prazeres,
Empalidece os quereres
Que te servem de esteio,
Esvazia as importâncias,
Deixa a vida por um triz?
Pois essa dor que te consome
E te deixa assim tão fraco,
Sem vontade de viver,
Afundado em desespero,
Já engendra com esmero,
A cada amanhecer,
Tudo o que te faz opaco
E quase esquecer teu nome.
Já termina o calendário
Cheio de indefinição,
Estendendo seus tentáculos,
E você nem vai saber
Como é sempre correr
Tropeçando em obstáculos
Sem sentido ou direção
No teu breve itinerário.
Então toma outro trago,
Usa qualquer outro ópio,
Que a vida não demora
A arder, se consumir,
(Até a hora de partir)
No tédio de qualquer hora
E no horror que é próprio
Da má sorte e seu afago.
Mas qual é a tua ânsia,
A angústia no teu seio
Que te priva dos prazeres,
Empalidece os quereres
Que te servem de esteio,
Esvazia as importâncias,
Deixa a vida por um triz?
Pois essa dor que te consome
E te deixa assim tão fraco,
Sem vontade de viver,
Afundado em desespero,
Já engendra com esmero,
A cada amanhecer,
Tudo o que te faz opaco
E quase esquecer teu nome.
Já termina o calendário
Cheio de indefinição,
Estendendo seus tentáculos,
E você nem vai saber
Como é sempre correr
Tropeçando em obstáculos
Sem sentido ou direção
No teu breve itinerário.
Então toma outro trago,
Usa qualquer outro ópio,
Que a vida não demora
A arder, se consumir,
(Até a hora de partir)
No tédio de qualquer hora
E no horror que é próprio
Da má sorte e seu afago.