“Então a porta se abriu
E alguém me pediu
Pra ficar calmo.
Ficar calmo?
‘Quem é louco aqui?’,
Falei pra distrair
E ninguém quis sorrir.
‘Fica calmo.’
‘Eu sou calmo!’”
(Violins, O Manicômio)
“Quer a verdade?” Acho que não;
Não quero mais essa sensação
De que a vida não vale a pena,
Assistindo sempre à mesma cena;
Dizer num ato meio impensado
“Ah!, eu me sinto muito cansado”
Só pra manter essa aparência.
– Eu sinto a minha própria
ausência.
Uma pequena repetição:
O azar fica à própria sorte.
Estou cansado desse cansaço;
A vida fica meio em suspenso
E resoluto ante o fracasso,
Só resta agora esse imenso
Resto de vida à própria sorte.
– Na terceira ou quarta desilusão.
Um comentário:
nossa, se eu lesse isso uns 5 anos atrás, teria a única certeza de que alguém me espreitava. muito bom
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